Não me pergunte por quê.
Não me pergunte como.
Não me pergunte onde.
Também não me pergunte como é e nem porque é.
Não me indague porque às vezes dói, mesmo enquanto dá prazer.
Também não tente saber quanto va durar: se será eterno ou só um fogo de palha, um caso, um ficar passageiro e inconsequente.
Não posso fazer juras de amor eterno.
Minha eternidade pode durar apenas um dia, uma hora, um minuto, m segundo.
De repente um enfarte, um aneurisma, uma distração ao atravessar uma rua,
uma bala perdida (ou virtuosa),
um avião caindo na minha cabeça, desgovernado por um terrorista maluco, e pronto!
Lá se vão minha eternidade e minhas juras de amor eterno.
Por isso, apenas curta o momento.
Aproveite o que é bom.
Beba o prazer, como o alcoólatra sorve seu primeiro gole, durante a recaída.
E nunca sinta culpa nem medo da perda.
Desapegue-se sempre que o apego causar-lhe algum mal.
Depois, quando passarem o medo e a angústia, apegue-se de novo.
É bom estar apegado.
É bom estar vivo de verdade.
É essencial estar amando.
Homenagem ao menino Luiz Lyrio...mestre, poeta, amigo ... imortal...
Lyrio: grande escritor, grande poeta. Seu livro sobre o marcante ano de 1968 é fantástico!
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