segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Real e Virtual me confundem
Acordei para a realidade e o que é pior, estava ali, dentro dela. Tentei desligar interruptor, puxar tomada, mas nada que tentasse fazer mudava a fatídica situação em que me encontrava...
- Meu “matrix” caiu!
Estava rodeado de fatos reais e seres reais, daqueles que não sorriem quando passam por você, não apertam sua mão e o que é pior, não abraçam e muitas vezes se quer despedem-se com beijinhos ou beijocas; na verdade são seres frios, distantes, que andam apressadamente sem perceber a minha existência e a de tantos outros...
Aos poucos começo sentir falta de ser um “Pixtar” de criar as regras de convivência do ambiente que me completa, lá se trabalha e produz para ser famoso, para ser destaque e não somos recriminados por isto.
Por vezes esquecia que o mundo virtual fazia parte de um sistema muito maior e complexo como o “real”.
Precisei atravessar a rua, ficou evidente que meus recursos neste universo eram infinitamente menores, avistei um botãozinho verde e uma placa “aperte aqui” - logo a imaginação foi a mil, gerando expectativas quanto ao poder daquele simples “botão verde”; direcionei a mão direita com cautela, desejava aproveitar ao máximo o momento, o dedo indicador a poucos centímetros de aciona-lo, até que o impacto de um braço muito mais forte invade o que seria “meu momento” aperta o botão e ainda resmunga -“Tá quebrado!”.
Mais uma vez dou me conta que este é o mundo real, por aqui não se trocam gentilezas, não existe possibilidade de uma segunda vida, além dos seres que por aqui habitam, não gostarem de interagir, participar em comunidade; é tudo muito individual, uma busca constante por vantagem diante dos demais, enquanto no mundinho virtual passeamos, fazemos amigos, conversamos, realizamos festas...
Renata Rimet
imagem:bardaveia.wordpress.com
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Querida mana binária, não se assuste com a queda da matrix, na própria história ela já foi reconstruida pelo menos cinco vezes, para regozijo das máquinas, digo, seres tecno-insensíveis. Não queiras se feliz no mundo virtual, pois ele é falso e cheio de máscaras, sendo criado com base no mundo real. Melhor ainda é a atenção e o toque dos poucos com quem podemos contar. Assim se faz um coletivo. Ah, se puder tirar algum proveito didático e evolutivo do teu pixtar, siga em frente. Caso contrário abandone-o sem maiores despedidas, somos de carne e osso, sangue e nervuras. Deveríamos todos, estar seguindo para K-PAX. Ufa, acho que exagerei, mas foi o que lí na "leitura".
ResponderExcluirrsrsrsrs...esta é uma obra de ficção, a confusão é apenas literária, embora máscaras encontramos no real e no virtual...leu muito bem na "leitura"...
ResponderExcluirEu também tenho os meus Vícios Diversos
ResponderExcluirVÍCIOS DIVERSOS
Eu tenho vicio de ter vícios
Vícios que me divertem
Vícios de ter vícios
Eu tenho vícios diversos
Eu tenho o inverso dos vícios
Que chego a ficar embriagado
Sou viciado em vícios diversos
Mas vícios de versos rimados
Tenho vícios
Vícios de ter vícios em rimar
A rima de ter vícios
Para fazer versos rimados
Posso trocar os vícios diversos
Por vícios de rimas diversas
Trocando um pelo outro
Eu faço rimas diversas.
Diversificando o vicio
Do verso do vicio rimado
Eu sou viciado em vicio
Um vício de versos rimado
Versando o vicio de versos
Tirando disso uma rima
Posso versar versos diversos
Com a rima que me anima.
De tanto ter vícios diversos
Fiquei viciado em versar
Me embalos nos vícios diversos
Tentando a rima encontrar.
Luiz Menezes de Miranda