Um Blog é uma janela escancarada...

Aberta a janela da alma, descrevi muito mais que simples sentimentos, convido a todos para viajar neste meu vício, versar sobre tempo,solidão, amor, injustiças, coerências e incoerências de tantas vidas, tantos sonhos e por vezes desilusão...

Renata Rimet

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Poder da Palavra Bem ou Mal (dita)

Poder da Palavra Bem ou Mal (dita)
Renata Rimet

A palavra tem poder, mostre-se medíocre e assim será, emita sons raivosos e eles retornarão ainda mais vorazes, crie histórias em torno da sua vida, aproprie-se de créditos alheios, coloque-se diante de seres reais no papel de vítima e assim será...

Todos terão pena, saberão que mente compulsivamente, ainda assim lhe darão corda, o enforcamento se dará bem distante e solitário, pois todos aqueles que foram atingidos por mentiras e ofensas certamente não sentirão falta...


A palavra tem poder, use-a com sabedoria, faça da corda oferecida uma extensão para alcançar o sucesso próprio, afinal o Sol nasceu para todos, a Lua brilha mesmo que muitos durmam e as Estrelas farão sempre o seu papel, sem ofuscar o brilho de quem o mereça...

 

Quando era pequena...

Quando era pequena...

Quando era pequena, tudo a minha volta parecia tão grande, a começar pelo quintal de casa, a cerca demarcava o universo a ser explorado, as flores enfeitavam o dia com o colorido especial, as hortaliças eram visitadas costumeiramente, como se estivesse fazendo compras num grande supermercado, assim definia o cardápio das bonecas... se uma sopinha de agrião, salada de couve ou quem sabe alface ou almeirão picadinhos.
Passei horas sonhando à sombra do pé de jasmim, certa vez fiz uma piscina para as bonecas e tive o cuidado de forrar com plástico para não mergulhar as beldades num rio de lama, também tive o cuidado de não aprofundar a escavação, pois acreditava ser possível alguns chinesinhos escaparem pela abertura.
Imaginação não faltava para quem tinha à disposição, todas as manhãs, um quintal de terra batida e todo tempo do mundo pela frente. Hoje lembro com saudade das mexericas tiradas no pé, da laranja lima que papai dizia ser a melhor e do pé de limão que mamãe dizia ser mais velho que eu. E foi numa tarde chuvosa que fiquei na janela observando se iria resistir à força das águas, até que depois do trovão e sem as raízes já desgastadas pelo tempo, o estrondo maior se deu, era o limoeiro se despedindo e deixando a vista livre para a menina perceber que o universo era ainda maior que o seu quintal.


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Renata Rimet

                ...Fazendo limonada dos limões que a vida oferece!