Um Blog é uma janela escancarada...

Aberta a janela da alma, descrevi muito mais que simples sentimentos, convido a todos para viajar neste meu vício, versar sobre tempo,solidão, amor, injustiças, coerências e incoerências de tantas vidas, tantos sonhos e por vezes desilusão...

Renata Rimet

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Quero tudo e muito mais

Escrevi em 1987, quando ainda faziamos o percuso para o colégio juntos, quem poderia imaginar que a menina cheia de vontades e tão falante iria fazer um par tão perfeito com aquele rapaz tranquilo e de poucas palavras ... rsrs ... o tempo ensina, os corações aprendem, os amantes apreendem... outro dia, encontrei o caderninho da escola e lá estava registrado o primeiro presente que lhe dei, não tinha certeza de que a mensagem seria compreendida naquela época, hoje ao completarmos dezenove anos de casados, vinte e dois de muita cumplicidade ... sei a força que a palavra tem sobre nossos desejos, querer é poder...deixei de ser apenas eu, um único querer, passamos a querer no plural ... te amo!
26/10/2009




Quero um dia compreender os erros, defeitos e acertos
Quero entender a lição,uma plena conscientização e ainda quero ter razão
Quero ter uma paixão de explodir o coração
Quero toda a sensação do amor ou da paixão

Quero toda a certeza e a mais crente realeza de que a vida é uma beleza
E eu, sou a alteza de toda essa divina previdência

Quero roubar seu coração
Deixar te sem ação
Quero ter você em minhas mãos
Sem direito a alienação

Quero ver o impossível acontecer
Morto reviver, vivo permanecer
Quero ver uma geração de crianças conscientes
Jovens permanentes e adultos para sempre

Quero ver, quero ter e quero fugir
Para bem longe daqui
E deixar você sentir o drama de uma paixão
De fingidas sensações
E muito poucas emoções



... Discretamente a adolescente declara seu amor, impõe sua personalidade, demarca seu território...sutilmente avisa ... se não prestar atenção deixará de viver um grande amor...recado dado, história vivida plenamente, vamos adiante ... faltam apenas 41 anos para comemorarmos a nossa "Boda de Pérola"... lembrando que a palavra tem força, querer é poder e Nós Queremos Tudo e Muito Mais...



Homenagem ao grande amor da minha vida, personagem de tantos poemas,

tímido por natureza Naelson Ceuta...


Renata Rimet



sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tertúlia no Mirante - 1º Edição



Lançamentos dos livros ENTRE A VIDA E A MORTE e NOS IDOS DE 68 de Luiz Lyrio


Uma festa literária i m p e r d í v e l !


Dia 04 de Novembro

Local: Mirante da 13 de Julho – Aracaju – SE

Horário: de 19h às 22h


Iniciativa: Colméia Literária, Casa do Poeta de Aracaju, Arcádia Literária e Consulado Sergipano do Movimento Poetas Del Mundo.Descrição do evento: Está tudo pronto para a 1ª edição do Projeto Tertúlia que será realizado nos espaços internos e externos do Mirante da 13 de Julho. O evento contará com a presença de membros da Poveb - Rio de Janeiro e também de escritores baianos como Renata Rimet.

A programação será mesclada de muita música, sarau poético, exposição de artes plásticas e lançamento de livros com os escritores: Cristina Landhal Cabral, Carlos Conrado, Luiz Lyrio e outros.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

MALU, SIMPLESMENTE...MALU


A poucos instantes, observando algumas fotos
notei que precisava lhe dizer o quanto te admiro
Sabe quando parece que sempre andamos juntas
que sempre nos comunicamos através do olhar,
é esta a impressão que tenho
Parece que sempre falamos bobagens e rimos juntas
Olhava sua imagem preocupada com outro colega
Ali percebi o quanto é bom sermos simples
Observe a beleza de oferecer um copo d’água
Observe a grandeza do momento
Eu mergulhei na lembrança
Já vi fazerem tempestade num copo d’água
Você transborda carinho e ternura com uma garrafinha
Diga poeta Malu (ah...sem acento..rsrs) podemos ser fortes, determinados, geniosos, mas não deixamos nossa essência por nada, nascemos do amor, por amor e assim seguimos em frente,

Preciso dizer que te adoro?

bjs

Feliz Aniversário!!!!!


Renata Rimet

LANÇAMENTO VERSATILAVRA - CONVITE

A Fundação Òmnira convida para o lançamento do livro VERSATILAVRA , será dia 06 de Novembro as 19 horas. local: Quadrilátero da Biblioteca Pública do Estado da Bahia(rua General Labatut, Barris).

Com Apresentação da prof.ª Fátima Trinchão, Orelhas do jornalista e escritor Carlos Souza, Organização do editor Roberto Leal e Capa ilustrada por Henry Jaepelt (Timbó-SC) VERSATILAVRA é um tributo à criação, à versatilização da palavra, numa reunião de poetas como: Alino Matta Santana, Baco Figueiredo, Geny Maria O. Santana, Júlia Evelyn, Leandro Silva, Marilene Oliveira de Andrade, Mário Alcântara, Mário Belmiro, Patricia Chastined, Pedro Camilo, Renata Rimet e Vera Aziz.
Informações: (71) 3252-1693 /8146-0940

***Estarei lhe aguardando,

Renata Rimet

sábado, 17 de outubro de 2009

Projeto Fala Escritor




Homens e mulheres, cidadãos de bem com o próximo, com a poesia, com a vida.. esta é a essência de um projeto idealizado por Leandro, Fau,Grigorio,Monique e Valdeck e a cada segundo sábado do mês reúnem a pluralidade cultural no espaço Castro Alves da Livraria Saraiva; acredito no poder da palavra, a cada encontro é perceptível a importância e necessidade do espaço para expressão popular, a fila anda, chegamos a vislumbrar numa mesma noite dezoito poetas, contistas, repentistas e cordelistas que pronunciavam seus versos com brilho nos olhos, a cada aplauso, a alegria de ter realizado um sonho... Fala Escritor...expõe sua alma em versos, a porta esta aberta, microfones ligados, o público anseia por mais versos...
Parabéns a este trabalho de divulgação cultural e resgate do artista popular, parabéns Leandro Assis, Carlos Souza, Fau Ferreira, Grigorio Rocha, Monique Jagersbacher, Valdeck A. de Jesus e a Livraria Saraiva, que abriu suas portas para ver e ouvir o escritor falar.

Renata Rimet
Administradora, Educadora ou simplesmente Poeta

visite: http://www.falaescritor.blogspot.com

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O AERONAUTA - CARLOS CONRADO

Entendia que aeronauta seria apenas o individuo praticante da navegação aérea, ao término da primeira leitura de O Aeronauta, percebo uma longa viagem por sentimentos fortes e fecundos, incrustados na alma e revelados por gritos poéticos, que vão muito além do espaço aéreo e seus limites de vôo.




Carlos Conrado e seu Aeronauta adentram cada vez mais ao submundo da loucura e devaneios sem amarras, numa busca incessante por sonhos outrora aprisionados.


A loucura afasta-se ainda mais da razão, cabendo ao leitor subir a bordo da nave imaginação, desprender-se de conceitos pré estabelecidos, acomodar-se ao lado da razão como expectador de uma jornada a flor da pele, diante de inimigos, feras e sua própria duvida existencial, tendo o universo como pano de fundo, as estrelas ao alcance das mãos e o desejo insano de chegar cada vez mais fundo na libertação da mente humana.


Envolta a personagens, criaturas e criadores, sinto questionar minha própria sanidade, desejar não ser normal torna-se sinônimo de respirar o mais puro ar desse universo.

Li e indico...

Renata Rimet


Natural de Jacobina - Ba, Carlos Conrado iniciou nas artes a partir dos 12 anos, no colégio, costumava fazer retratos das colegas e dos seus professores. Aos 16 começou a produzir quadrinhos. A partir daí, não parou mais, buscou em seguida ampliar o cenário de suas técnicas, despertou seu interesse pelas telas e outras mídias. Hoje, já podemos defini-lo como um porta-voz da Arte simbolista, suas pinceladas e seus traços bem originais nos envolvem. Possui trabalhos publicados em sites franceses, participou de Várias coletivas em Sergipe: XIII Salão dos Novos, Festa dos Arteiros-ASAP, Tribus Visuais-2005, Coletiva de Esculturas do Cultart - Linguagem e Forma na Matéria, Coletiva da ASAP-Cultart,Identidade-Coletiva de Artistas Sergipanos -Cultura Inglesa, Mostra de Artes Visuais da ASAP e etc. Possui obra no acervo da Academia Sergipana de Letras, tem obras compondo alguns cenários dos programas da TV Caju e Também é autor de alguns artigos sobre a arte publicados no jornal 'O Capital.' Participou da Antologia Eldorado- v.II,Celeiro de Escritores da Antologia Impressões-Poetas da Arcádia, é autor do livro-solo Poesia Condenada. É membro das seguintes instituições: Casa do Poeta Brasileiro em Aracaju, Arcádia Literaria Estudantil, Clube de Poetas do Litoral- Baixada Santista.

Quer saber mais? visite: http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=2713
http://www.conradoemtextos.blogspot.com/

Verbena, preocupação em pessoa

Verbena era mulher simples, trabalhadora esforçada, mãe dedicada e principalmente, preocupada...







Se um filho demorasse a chegar, lá estava ela, ligando para o colégio, afim de saber o motivo da demora, se algo havia ocorrido, pois seu objetivo era assegurar que os entes queridos estivessem bem...






Se era tarde e o marido não atendia ao celular, não mais conseguia dormir, o pensamento de que algo ruim poderia ter ocorrido tirava-lhe o sono, tornando a espera por notícias um verdadeiro martírio, finalizado apenas quando ouvia o tilintar das chaves próximo à porta, esta era a senha para finalmente uma noite ou algumas horas de sono tranquilo, afinal, filhos e marido estavam bem...






Segue a rotina de dona Verbena, desta vez é ela quem esta na rua, na pressa de chegar em casa, pega uma condução lotada, pois não poderia ser diferente, ela estava preocupada com os filhos, se estariam bem em casa, se haviam jantado, e outras preocupações dignas das mães... quando percebe que o seu ponto foi pedido, mas o condutor apressado, só parou no próximo...






Dona Verbena se vê aflita naquela situação, sozinha na rua escura e deserta, pensa nos filhos, no marido e imagina quantas vezes eles já passaram por tal situação... e agradece a Deus por ter ouvido sempre suas preces e os protegido.






Segue aquela trilha escura e solitária, precisa ser rápida, pois o local é perigoso... De repente, dona Verbena é segura pelo braço, um homem estranho exige a bolsa, o susto é tanto que ela reage, tenta um grito, abafado por um único e derradeiro tiro, leva seus pertences, ignora sua mão estendida pedindo socorro. Nos seus últimos momentos lembra da família, pede a Deus que continue a protegê-los, mesmo agora, na falta de suas preces...


"Quem?" Contos Selecionados - Outubro de 2009
Antologia on line

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

BLOG ACTION DAY

Um dia - 15 de Outubro de 2009
Um tema - Alterações Climáticas
Milhares de Vozes Unidas - Aqui nossas Palavras

Um dia para Reflexão Mundial

Qual a minha contribuição para melhorar o Clima Mundial ?

Vamos fazer a diferença!!

Inspiração sem ar não flui!


terça-feira, 13 de outubro de 2009

Amor crescente




Amar é conhecer aos poucos
Reconhecer o corpo
Desejo e alvoroço
Sentimento bem lento
Um olhar, um toque
Sussurro discreto
Beijo roubado
Rosto colado, de leve
Desculpado
A chama acesa
Acelera batimento
Relaxa razão, apela coração
Domínio total da emoção
Visão perde sentido
Tato ocupa espaço
Inebriado pelo olfato
Mente e corpo entorpecidos
Olhos fechados, coração acelerado
Desejo de amar num instante
Mergulhar de vez em seus encantos
Romper barreiras, ser apenas sua
Sem medo
Vem!

Sensualidade em Prosa & Verso - Edição 2009
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Antologia on line

ATO INSANO



Depois do ato, de fato, consumado, quando não havia mais volta, olhava para aquela face assustada, olhos arregalados e questionava silenciosamente... ela não sabia o risco que corria?

No inicio era uma turma engraçada, um grupo como tantos outros, tinha senhor Wilson, no auge dos seus quarenta e nove anos de idade, funcionário público, que chegava na aula atrasado, mas chegava. Aquele forte odor de nicotina revelava o vicio diário, além da desproporcionalidade estética, própria de hábitos sedentários, que nos levou a risos e fortes gargalhadas, suas mãos apoiavam aquele excesso de medidas circundando a linha da cintura, aquela estatura mediana, sempre trajando camisa social, cores firmes, calças largas e nunca um jeans, quase não levantava a voz, buscava sempre aquela posição estratégica, do lado direito da sala, onde observava a tudo e todos, mas tudo acontecia dentro da normalidade, era a turma.

Enquanto do lado esquerdo, posicionava-se ela, jovem, corpo escultural, movimentos exagerados, sorriso largo, pele cor de jambo, sempre trajando algo bem minúsculo, realçando ainda mais aquelas curvas, numa mistura louca de sensualidade, extravagância e exagero, que nos remetia a uma duvida constante, e não a definíamos nem como mulher, nem tão pouco como menina, talvez fosse a própria metamorfose ambulante, naquela blusinha colorida, naquele jeans rebaixado, ou até mesmo na micro saia desajeitada. Sua entrada nada discreta, com pisadas firmes, eram marca registrada, não fazia segredo ou cochichava, seu tom alto, sua voz grave, e a linha de raciocínio complexa, nada disso era problema, era a turma, normal, respeitemos as diferenças e vamos em frente...
Naquele dia de março, muita chuva, trânsito lento, ruas quase sem pedestres, praticamente desertas, os poucos que se aventuraram na direção do campus, percebiam aos poucos o quanto estavam só, e a grandeza do campus, naquele emaranhado de corredores, longos, desérticos, repleto de silencio e solidão...

Neste dia marcado, tantos problemas na repartição, e sua fuga, apenas para esquecer o dia que teimava em não acabar, buscou o refugio naquela direção, naquele imenso prédio, num corredor sem tamanho, senhor Wilson levanta as vistas e não contém a excitação, é aquela morena, pernas de fora, decote imenso, com seios quase à mostra, e nada mais importa, ninguém a nossa volta, avança feito um lobo faminto sobre aquele corpo despido, arranca o pouco tecido que tentava lhe cobrir os mamilos, deleita-se com loucura e extravagância, abocanhando o premio que jurava ser seu, e ainda em transe, não ouve gritos, não sente o desespero, nem o destempero da morena ao chão, e chega a multidão, surgida de toda aquela solidão, separa, tira o louco, salva a menina, que agora, encolhe-se num canto, tremula e assustada, coberta por uma camisa emprestada, ainda desnorteada, sem entender a situação que passava... apenas a vergonha, agora lhe pesava...

Depois do fato consumado, quando não havia mais volta, olhava para aquela face assustada, olhos arregalados concluía, ela realmente não sabia o risco que corria.


Novos Talentos do Conto Brasileiro - Edição Especial - Junho de 2009
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PEQUENA LUZ

Desencantado chorou
Não mais acreditou no brilho do sol
Sofreu com seu sorriso
Fugiu ao clarão da lua

Desencantado
Recolheu-se a escuridão
À sombria desilusão
Fechou portas
Extinguiu sonhos
Perdeu esperanças

Desencantado
Sem brilho no olhar
Sem forças para lutar
Encolheu-se na profunda solidão

Desencantado
Mergulhou no passado
Refez caminhos
Observou pequenos detalhes
Antes tão pequenos

Desencantado
Ofuscado por uma pequena luz
Esforça-se timidamente
Buscando sua origem

Segue a luz
Desafiando sentimentos controversos
E segue
Ainda sem encanto
Mas não sabe que o desencanto adormeceu

XXV Concurso Internacional
Edições AG
Coletânea Casa Lembrada,Casa Perdida

Casa Velha




Naquela casa cresci
Alegrias senti
E quanta saudade
Ao partir

Caixas arrumadas
Gavetas vazias
Um clima estranho
A nostalgia

Uma última olhada
No quarto contemplo o taco
A sala de janta
Agora é tamanha
Falta a grande mesa
O tilintar da louça
O aroma

Sentimento de tristeza
O vazio
Um arrepio
Muitas lembranças

A voz que chama
É chegada a hora
Trancar de vez a última porta

Seguir em frente
De relance um jardim
Agora tão triste
Faltam – lhe flores
Pétalas e cores

Sobram lhe lágrimas
Revela – se o silêncio
Em cada passo
Lembro-me da casa
A sala, o quarto, o jardim

Da rosa ao jasmim
Uma vida feliz

PERDÃO




Discriminei mas também fui discriminado
Senti quanto é difícil quando se está do outro lado

Dói como dói, uma dor profunda
Não é pele, não é tamanho
Não é classe ou opção sexual

É exclusão, é restrição
É sua vida sem chão

Nessa hora sofrida, levantei a cabeça
Olhei para os lados e descobri pasmo...

Quantos irmãos ao meu lado
Antes não percebia afinidades
Não compreendia tais necessidades

O sofrimento muda conceitos
Transforma pensamentos
Derruba pré conceitos
Constrói laços leais
Entre reais e perdoáveis companheiros

RABISCOS

Um dia abri a gaveta para eliminar papel e poeira
cada pequeno rascunho me dizia algo,
estranhamente não encontrei a tal sujeira
ainda assim joguei para fora pequenos recados,
bilhetes e frases,
algumas diziam nada
e tantas outras nada diziam
juntando tudo
um amigo disse...
menina, isto é poesia...

MORTE

M eus sonhos não permitem
O pensamento voltado para o luto
R evigoro minha alma na fé em Cristo
T raço metas, acredito na vida e luto
E mbora chore ausências, sigo em frente, sou VIDA

DESCONFIANÇA

D iante do fato
E vidente o desabafo
S inceridade é pouco
C oração feito em pedaços
O rgulho não cola os cacos
N enhum sentimento bom
F oi tudo que restou
I gnorou apelos
A giu sem pensar
N egou carinho, atenção e mesmo assim
C obrou
A gora tenho certeza que tudo acabou

LEMBRA

Vida é luta
Se não busca
Não anda
Não ganha
Não faz
Não traz
A espera cansa
Vá em busca
O dia tem vinte e quatro horas
Cada hora, sessenta minutos
Um minuto sessenta segundos
O ano trezentos e sessenta e cinco dias
O semestre seis meses
Um bimestre dois meses
Um mês trinta dias
O dia vinte e quatro horas
E eu aqui, voltando ao inicio
O dia correndo
O tempo passando
A vida pulsando
Esquece tudo e pega a estrada
Lembra...o tempo não para

Altair Ramos, Almirante-Líder-Irmão

A dmiro sua coragem e
L uta incessante por
T udo aquilo em que
A credita, não julgo seus atos e
I magino muitas vezes o que faria eu
R ealmente se estivesse em seu lugar

R aízes são muito fortes e ligam-nos
A vida é dura para quem não se acomoda
M ãos a obra é sua regra, hoje
O ntem e sempre
S implesmente por acreditar que

A vida pode e deve melhorar se
L evantar nossas cabeças
M irar o horizonte pretendido e seguir objetivos
Í ntegros, claros e possíveis de
R ealizar, mesmo que a batalha seja
Á rdua e seus resultados transformem
N ão só a sua vida, mas a de
T odos que estão a seu redor, por
E ntender que ser feliz é possível se

L evamos em nossas viagens reais e
I maginarias todos aqueles que amamos e
D iariamente participam das
E mpreitadas, abrem mão de pequenos sonhos por
R econhecer nesta liderança a oportunidade de

I r mais adiante e alcançar sonhos maiores
R ealizações pautadas naquilo que fazemos de
M elhor, para si, para o outro e por que não
A os que estão por vir, afinal de contas
O mundo gira e esse garoto não para no tempo


Homenagem a meu querido irmãozinho...http://almiranteaguia.blogspot.com/

Nós e Noz


Posso ser apenas eu

Ainda serei Noz
Solidão é conselheira
Momento das aparas
Emendas

Não me insulta
Ser um fruto seco
Minhas entranhas carregam
Semente única
Especial

Enquanto “Nós”
Simples pronome coletivo
Sujeito e até predicativo
Ao dispersar
É um só

Consciente e sub
Razão e emoção
Apreendem-se
Não mais confundem

Ao parecer tão singular
Sou plural

Mesmo sem querer

Ao me ouvir
Sou apenas Noz

Nós

domingo, 11 de outubro de 2009

ACORDEI TARDE

Acordei tarde, percebendo que perdi muitas coisas
Agora sei que não existe tempo hábil para recuperar o que foi deixado para trás...

Deve existir algum culpado, embora também não consiga identificar, talvez existam vários culpados e diversos cúmplices...

Lembro-me vagamente de um rapaz que falou de flores, foi sutil no seu recado...”quem sabe faz a hora, não espera acontecer...” e nós, apenas esperamos, agimos de forma tão alheia, descrente das verdades explícitas e ocultas, que tentavam nos impor

Quem sabe acreditamos que seriamos eternamente jovens... deitados em berço esplêndido, aguardando o futuro que alguém haveria de desenhar...

Tem futuro quem não vive o presente???

Passado tanto tempo, olho para frente e penso... como posso subir uma escada onde não se construíram degraus?

Ontem me diziam que o futuro seria melhor, hoje me dizem que o tempo passou, talvez eu tenha perdido o bonde da história e que o certo era acreditar que o futuro é incerto...

Melhor continuar aqui, encolhidinho no meu canto, não questiono, também não sou questionado... ai!!! Que saudade da minha juventude...aquele era um tempo bom, onde tínhamos realmente, todo o futuro pela frente...

Apenas mais uma vítima do tráfico ?

A o ler o jornal me assusto
P rimeira página
E stampa uma triste rotina
N úmeros que assustam, medem o nível de desrespeito ao ser humano
A os montes, juntam-se os corpos
S ão resultantes das noites urbanas


M ortes, tiros, facadas, pancadas e tal
A ssassinatos banais, brutais
I nstigante a coincidência fatal
S oa estranho o relato daquele que inicia a investigação criminal


U ma vítima do tráfico
M ais parece um código
A lgo que apenas profissionais da investigação compreendem


V erdade afirmar ser um meliante que não pagou sua dívida?
I ncrédulos, familiares questionam
T amanha a frieza dos fatos que
I nterrompe a vida de inúmeros
M eninos e meninas
A ssociar ou investigar?


D iante do fato recorrente
O uvindo a mesma frase


T antas vezes me pergunto
R ealmente são todos usuários e traficantes ?
A policia esta preparada ao responder o que nos soa tão igual ?
F atalmente, se algo me ocorrer, deixo aqui o meu relato
I nformo desde já, que não fumo, não, bebo e não
C onsumo ou comercializo qualquer tipo de droga
O bservem com atenção,


bala perdida, morte mal resolvida, investigação que não termina, pode transformar
a eternidade daquele que perdeu a própria vida...

REFLEXÃO


Quando descobri poeta?
num dia que senti frio
a alma se esvaiu
o amigo partiu

Aquele rasgado de papel
ficou amargo
derramei nas letras
todo fel
amargo mel

Até o céu derramou-se em lágrimas...

Mas tudo passa,
pessoas
tempo
sentimento
palavras largadas ao vento,

Fica o papel rasgado
num canto embolado
olhando o "Ser Desarmado"
a esperar...

Poesia tem sua hora
seu lugar...

Palavras amargas
lidas sem mágoa
é história de amor

Coisa de poeta,
sonhador...


Publicado na Antologia "Poemas Dedicados" - Outubro de 2009
http://www.camarabrasileira.com/pde09-038.htm

Visão do Paraíso

Vejo abridor de covas
preparando afinal esconderijo
derradeiro,
excluído
enfim,
destino do pecado original

Reflexo do olhar inclinado
corpos curvados
horizonte esquecido

uns choram
outros consolam
alguns ignoram

Necessário se faz
mesmo ao final de tudo
na fuga deste mundo
que não me tirem a luz

... ... ...

LAMA

Lindas lendas ocultas
sucumbem em metáfora
engano e disfarce

meninos e meninas
andam descalço
pisam na lama

homem e mulher
luta na cama
batalham noites urbanas

trocadilho falso
dinheiro roubado
sujo de lama

criança linda
barriga vazia
falsa lembrança

é quase dia
a cama esvazia

metáforas de lama
enchem pratos
disfarça, engana

Despir o corpo
trocar por pouco
ração do dia

lendas ocultas
noites urbanas
vergonha e lama

Euforia


De coração aberto
Trago flores
De forma alucinante
Mudo meus planos
Se você me acompanhar
Serei outra pessoa
Sim
Teimosamente determinada
Não vou continuar sentada
Esperando o tempo passar
Abrirei a cortina da vida
Não importa se errando
Aprendendo ou amando
A vida é um contínuo aprendizado
Em que valores reais são revelados
Em volta a essa tempestade
Recolho-me a velha casa
De súbito, peço apenas
Mais 24 horas!!!
Venham me visitar, ainda temos tempo...

Eu não sou ciumento

Não sou ciumento
Apenas quero falar do amor
Este sentimento abstrato
Que envolve tantos fatos

Quantos são os laços
Amarras e por que não
Trapaças desta louca afeição

Carinho, devoção, capricho
Entusiasmo, veneração
Ou simplesmente tesão

Tudo ao mesmo tempo
Dor, prazer, emoção
Ah!! Meu coração não aguenta tamanha turbulência

Preciso de um tempo
Balão de oxigênio
Talvez a lâmpada e o gênio
Ou quem sabe um marca passos...

Adaptado...

Preso ao laço que contará seus passos
Impedirá que a distância cresca
Que você me esqueça
Meu pobre coração padeça

Alucinante


Chegamos à lua

Foi emocionante
Astros e estrelas explodiam

No percurso brilhavam
Induziam-nos a seguir mais adiante

Aquela energia vibrante
Gravidade totalmente distante
Pés que não sairam do chão
Todo um turbilhão

Retorno e pouso tranquilo
Abrimos os olhos
Só riso
Tudo não passou de um beijo